terça-feira, 6 de abril de 2010

Dia 2 | O que será de mim? Quixeramobim, quixeramobim...

Açude do Cedro em Quixadá

Para começar o dia bem energizados acordamos cedo e fomos acabar com todo o café da manhã do nosso hotel caro e ruim lá em Quixadá. Comemos muito mamão, banana, leite, café, biscoito... Clareza de liso: Comer muito no hotel para comer pouco no almoço. Motivação matinal: Ir ao Cedro bater as asas da tal galinha choca e ver se de lá sai um ovo... Fomos à rodoviária procurar uma alma caridosa para fazer um precinho amigável e de cara encontramos um taxista super gente boa chamado Seu Francisco. - Eu cobro 30 reais pra levar vocês, ficar uma hora esperando e depois trazer vocês de volta. De moto-taxi talvez saisse um pouco mais barato, mas com certeza não pagaria a simpatia e o bom humor de Seu Francisco que nos deu fortes impressões sobre a cidade e sobre os melhores dias para ir ao Cedro. - Eu gosto de ir em dias como hoje, segunda-feira, porque não tem muita gente e dá para fazer de tudo um pouco.

Chegamos ao Cedro. Uau! A galinha choca faltou cacarejar de tanta euforia! A Nathália pelo menos ficou soltando pena... (Vide visual). Andamos pelo paredão da barragem conversando e cantando hinos do Ceará... - Olha os passarinhos que lindos (lembramos de você @kenzokimura).

A galinha e a Nathália.

Açude construído por escravos tinha que ter corrente.

Hibridismo Cultural: Nathália Sertaneja no Caminho das Índias

Gostosudo de Quixadá!

Cansados? Demais! Mas era hora de voltar para Quixadá e correr para o hotel ruim... Check out... Hora de carregar duas malas pesadas pela cidade até a rodoviária (nota mental: da próxima vez, vou levar metade de roupas e ficar lavando-as...). Demos uma rápida passada no Centro Cultural Rachel de Queiroz e compramos nossas passagens rumo à Quixeramobim...

Para quem não sabe, estive em Quixeramobim em 2007, mais exatamente em novembro... Fui assistir a peça "Os sertões" do grupo paulista Uzina Uzona o que se mostrou sendo uma das mais maravilhosas experiências da minha vida. Voltar para aquela cidade foi algo particularmente simbólico para mim e cheio de recordações e de bons momentos... Mal chegamos e encontramos a parede de onde ficou o teatro. Lá estava. Perdida no meio de outras pinturas... Um desenho cuidadosamente construído por essa pessoa que vos fala na parede durante os 5 dias do espetáculo. Pausa para fotos nesse local particularmente mágico... Aproveitei para esvaziar minha cabeça das coisas doloridas do passado e acalmar meu "interior", ou, como dizem, "jogar os cabelos ao vento"...

Que será de mim? Quixeramobim... Quixeramobim...

Obra de arte de 2007.

Deixamos as malas no hotel (que por sinal era ótimo, anota aí: Pousada Antônio Conselheiro, o quarto com ar é 35 reais). O estilo colonial era ímpar e o ar familiar deixava tudo particularmente especial. Esse espelho aí foi na pousada. O reflexo não importa tanto. Cansados sim, com fome sim, mas felizes por demais...

Bú!

Depois de comermos (por 5 reais) no Recanto Quixeramobim (o meu almoço saiu por r$3 porque eu dispensei a carne, claro!) fomos debravar a cidade. Tanta praça, o memorial do Antônio Conselheiro, os lindos felinos que disputavam as sombras da cidade, a Ponte Metálica (que ao contrário do nosso pier de madeira é de fato uma ponte e é de metal), a via paisagística, a passagem molhada (que já nos avisaram que só é legal durante o carnaval!) até... até não dar mais... Comprei um super chapéu de cowboy (segundo a Nathália), mas cuja a intenção era mais vaqueiro-nerd-cangaceiro-neo-socialista-pós-modernista e andamos até a Barragem... Preciso nem dizer que andamos muito. E ainda mais naquele friozinho de Quixeramobim... Dá para imaginar o estágio que o diabo fez por aqui antes de assumir o inferno. Meu Deus que cidade quente. Quente não, derretida! Na barragem, para variar, não podia deixar de brincar com a minha vida e deu um pulo da ponte lá de cima com os meus novos amigos pseudo-nativos (um deles era de fortaleza, outro se mudou para quixeramobim e o outro era nascido e criado na terra do Antônio Conselheiro). Pular da ponte? Sim... Nathália fotografou a angústia do primeiro pulo. Sem palavras. Sem palavras. (_________________) <--- Sem palavras.

?

Gatinha aleijada. Batizamos de Luciana.

Ponte Metálica

Mãe, isso é cajuína.

Eu vou pular, eu vou pular!

Iéeeeeeeei!

Tchibum!

Açude Quixeramobim

Vamos amiguinhos!

Wooooo!

Chuá!

Fulano, Marlan, Allan, Nathália e eu.

A Nathália rasgou a perna de novo... Para onde ir?

Hora de voltar para casa... Ahh... Voltei na loja do chapéu e pedi reembolso, o bicho tava todo se soltando... Continuando... Voltamos para a pousada. Pausa para dencanso? Capotamos de sono... Mas foi o suficiente para acordarmos 2h mais tarde e desbravarmos Quixeramobim noturna (ou seja comer Pastel na pracinha e usar o cyber do super mercado hiper-pós-moderno). Volta para o hotel (agora sem sono). O interior dorme cedo. Ver Spider Man 3 na Globo nobody merece... The end pro filme. The end pro dia. Mais aventuras no dia seguinte... Destino: Senador Pompeu.

3 comentários:

  1. HAHAhaha bolei de rir da sua intenção quando comprou o chapeu, tacisio. E a nathalia reclamou tanto do diabo desse calor (adorei a parte do estágio do cão em quixeramobim também) que deu até pra sentir daqui. mas acho que eu seria mais resistente, vim de um estágio em manaus, a cidade mais quente do brasil, inspiração de sobral e pelo visto, quixeramobim tambem! heeheh

    vão ai servindo de cobaia que na próxima viagem eu pego só o filé! obrigada. hahaha

    beijos! :* :)

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  2. o tarcisio colocou uma foto minha meeeeeega assanhada na ponte, covardia totaaaaal!

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  3. Muito bom em saber que voces adoraram a minha cidade.Isso pq vcs nao apareceram no carnaval, na festa do padroeiro, na vaquejada,no badalaço..e etc..Quixeramobim é tudo de bom!

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